Como todos sabemos, para se entender o presente, e poder prever o futuro, é necessário conhecer o passado e conhecer a trajetória da linha que nos trouxe até aqui. A Regina mostra tudinho com uma linguagem muito acessível e de fácil compreensão.
A forma preconceituosa com que a generalidade das pessoas vê os relacionamentos amorosos e a liberdade sexual, deve-se à ignorância e ao total desconhecimento de como eram e de que forma foram evoluindo as sociedades até aos dias de hoje. É Engraçado constatar que o desenvolvimento científico e o avanço tecnológico sempre estiveram ligados à evolução dos relacionamentos amorosos e à sexualidade em geral. O aparecimento do telefone, da pilula ou mais recentemente da internet foram essenciais no desenvolvimento das relações sociais, especialmente para as mulheres, extremamente mais oprimidas ao longo deste processo evolutivo.
A falta de cultura em relação a estas matérias, e o facto dos ensinamentos e dos “valores” serem passados de pais para filhos, faz com que as gerações anteriores “formatem” e condicionem as gerações posteriores de acordo com os paradigmas instalados há muitos anos nas sociedades. Esta realidade, faz com que as novas gerações tenham dificuldade em se adaptar com sucesso e de forma satisfatória aos desafios colocados pelo constante processo evolutivo em que vivemos.
A sociedade patriarcal e o cristianismo, sempre oprimiram (e continuam a oprimir) a sexualidade em geral, e reprimiram as mulheres em particular, de forma inimaginável. Felizmente, já se evoluiu muito, mas continuamos com os resquícios e as influências dessas sociedades medievais e dos moralistas que sempre existiram (e continuam a existir) ao longo de todo este percurso.
A maioria das pessoas que pensam que o amor e o sexo é hoje o que sempre foi, está completamente enganado, e os “valores” que os nossos pais e a sociedade machista nos incutiram, estão assentes em princípios completamente errados. É muito difícil termos sequer a noção de como essa educação formata e condiciona as nossas expectativas e a nossa forma de ver o mundo. A Começar logo pelas histórias terrivelmente machistas e moralistas que nos contavam em crianças, como a história da carochinha, da Cinderela ou da Bela adormecida, ou até os livros da Anita.
Uma pessoa que presentemente seja seguidora da moral e dos bons costumes, que acredite e procure o amor romântico, que tenha na monogamia o ideal de relacionamento sexual, e que deteste estas modernices do sexo livre ou dos relacionamentos abertos, que tenha um comportamento irrepreensível aos olhos da sociedade moralista do tempo presente, seria considerada uma leviana, depravada, puta, ou até queimada viva, dependendo apenas da quantidade de anos que andarmos para trás no tempo.
Por outras palavras, aquilo que é considerado reprovável na sociedade moralista de hoje, vai ser considerado “normal” daqui a uns anos. O sexo livre, as relações abertas, o swing, as relações poliamorosas ou mesmo a bissexualidade ou homossexualidade ainda reprovadas e reprimidas hoje, por conservadores, moralistas e pelas pessoas de baixo nível cultural, serão considerados “normais” para a generalidade das pessoas dentro de poucos anos. É lógico que ninguém vai ser obrigado a ter nenhum tipo de comportamento imposto, o que se deseja é exatamente o contrário, que cada um possa relacionar-se com os outros da forma que for mais feliz, e que todos nós aceitemos as diferentes opções sexuais e respeitemos a liberdade sexual de cada um.
Resumindo, vale a pena ouvir esta fantástica entrevista todinha com muita atenção, para entendermos melhor a sociedade de hoje no que toca ao amor, ao sexo e aos relacionamentos em geral.
Vejam, e tomem conhecimento de coisas que nem imaginam.
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