Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

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24.7.12

IS014 Infidelidades

Uma amiga querida enviou-me este texto acerca da infidelidade. O que nele está escrito, reflete bem a minha opinião acerca do tema, que é resultado da minha vasta experiencia adquirida ao fim de muitos anos nestas andanças. Já estive com muitas mulheres casadas, ou com relacionamentos em curso, e conheço bem a facilidade com que as mulheres saltam a cerca se tiverem as condições necessárias reunidas para fazê-lo.

Outra razão pela qual eu sempre tive essa noção muito antes da generalidade das pessoas, é que como sou um homem extremamente liberal, as pessoas têm tendência a desabafar comigo, e contar-me coisas que não ousam contar a ninguém. Sou uma espécie de confessor, ideal para quem precisa de deitar segredos cabeludos cá para fora.

Muita gente ainda não conhece bem a realidade, porque como a sociedade é muito hipócrita, toda a gente faz mas toda a gente condena e esconde. Assim parece que somos todos uns santinhos, mas a realidade é bem diferente.

Mas vamos lá ler isto que pode ser um bom tema para uns comentários engraçados, e umas confissões anónimas. Este blog tem pretendido ser (e às vezes tem conseguido) um espaço de diálogo e troca de ideias, mas poderia ser mais bem aproveitado nesse sentido. Um espaço onde homens e mulheres se pudessem conhecer melhor, trocar ideias, e perceber muita coisa que não entendemos no sexo oposto.

Infidelidade

“Homem fiel quase não existe, afirma a psicóloga francesa Maryse Vaillant no livro Les hommes, l’amour, la fidélité. A fidelidade masculina é tão rara que a mulher deveria parar de se preocupar. “O homem costuma trair também quando ama”, afirmou Vaillant à minha colega Ruth de Aquino, a diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro, em sua coluna Os homens, o amor e a fidelidade.

Eu concordo totalmente. Só acho que os homens não detêm o monopólio da infidelidade. E vou além. É verdade que, para a mulher casada (mas não para a solteira), é difícil pular o muro. É preciso administrar o affair com a rotina do trabalho, da casa, do marido e dos filhos. Mas, havendo o desejo, nada é impossível. Meu ponto é o seguinte: atingidas as condições ideais de temperatura e pressão e havendo a oportunidade, qualquer mulher será tão infiel quanto qualquer homem. Esta afirmação é lastreada em um conjunto de pesquisas sobre o resultado de testes de paternidade nos Estados Unidos e na Europa – mas também em relatos que registrei ao longo dos anos, aquelas histórias que quase todo mundo já ouviu falar – e muitos viveram – mas geralmente ninguém comenta em público, já que a hipocrisia grassa na sociedade.

Quem pula a cerca?

O melhor exemplo aqui é o de um amigo meu, o J.A.. Nos anos 1990, enquanto todos os colegas de faculdade estavam casando ou já casados, J.A. resistia. Era um solteiro convicto. E se recusava a namorar, ter compromisso, ser fiel. J.A. havia se habituado à condição ser “o outro”. Suas relações eram breves, intensas, divertidas e furtivas. Ele só se relacionava com mulheres casadas ou que tinham o mesmo namorado há anos. J.A. não tinha dificuldade em encontrá-las. Na verdade, ele já as conhecia. Eram suas amigas, amigas de anos, amigas que, eventualmente, se tornaram mais íntimas. Além da amizade prévia, havia uma constância entre as suas parceiras. Todas viviam relacionamentos frustrantes, mas ainda assim não conseguiam – ou não queriam – romper com namorados e maridos. Buscavam em J.A. o carinho que não encontravam em casa. J.A. tinha consciência que não passava de um estepe. Não se importava. Para ele, aquelas eram relações confortáveis, sem compromisso, just for fun. Inúmeras terminaram sem dor. Algumas poucas, aquelas nas quais J.A. acabou se envolvendo, acabaram mal.

Por conhecer as histórias deste amigo (e de alguns outros), achei parcial a afirmação da psicóloga francesa de que a fidelidade masculina é tão rara que a mulher deveria parar de se preocupar. É claro que não há homens fiéis! Os homens sabem disso. As mulheres, também. Mas não quer dizer que todos os homens sejam infiéis o tempo todo (meu amigo J.A., por exemplo, hoje sentou o rabo, está casado, feliz e fiel). No entanto, dada a oportunidade, qualquer homem pula a cerca. E o mesmo se aplica à mulher. Elas podem ser tão infiéis quanto qualquer homem. Os motivos para a busca de uma relação paralela é que mudam.

Homens pulam o muro à procura de sexo. Para nós, não há conflito entre a busca do sexo fora de casa e o amor que sentimos por nossas namoradas e esposas. É da natureza masculina, assim como a sedução é da natureza feminina. Ao se envolver numa relação paralela, enredando-se nas teias de sedução da amante, o infiel corre o risco de se apaixonar e acabar por abandonar a mulher. A possibilidade existe, já que, por definição, a amante quase sempre buscará deixar a condição de “outra” para assumir o controle da lojinha.

Em sua imensa maioria, mulheres infiéis buscam muito mais do que sexo numa relação extraconjugal. Sexo é importantíssimo, mas para as mulheres não é suficiente. As amantes de J.A. não haviam deixado de amar seus maridos ou namorados (ou de acreditar na ilusão do amor romântico). A mágoa acumulada e a busca de auto-estima às impeliram a procurar carinho. Queriam voltar a se sentir desejadas. Mulheres que seduzem são mais belas porque gostam mais de si mesmas.

Homens e mulheres são infiéis. A infidelidade generalizada não é uma questão de gênero, mas de espécie. Nas sociedades tribais, a poligamia é, na maioria das vezes a regra, não a exceção. O Homo sapiens é uma animal polígamo e promíscuo. Herdamos este comportamento do ancestral comum que dividimos com os chimpanzés, que são igualmente polígamos e promíscuos. No entanto, desde a constituição das primeiras cidades e civilizações, há 10 mil anos, a monogamia foi se impondo como uma condição para a vida em sociedade. O grande paradoxo reside na obrigação social, moral e legal de um animal polígamo levar uma vida monogâmica. Sob está ótica, a infidelidade da mulher e do homem é uma válvula de escape que nos reconecta às nossas origens.”

Peter Moon – edglobo.com.br

Em jeito de conclusão, gostaria de acrescentar algumas considerações a este tema.

Muita gente não acredita (principalmente os mais jovens, que são mais ingénuos e radicais nestas temáticas) que é possível um homem amar uma mulher e desejar sexualmente outras. Digo-vos que não só isso é possível, como é possível amar uma e apaixonar-se por outras. E tal como o autor diz, eu também tenho a prova que as mulheres são naturalmente infiéis, e que, tal como os homens, também conseguem amar um homem e ter sexo com outros, assim como conseguem amar um homem e apaixonar-se por outros.

Concordo em que a generalidade das mulheres procura afecto, romance, paixão e sedução, e consequentemente sentirem-se desejadas quando saltam a cerca, mas já começa a haver muita mulher que procura mesmo sexo puro e duro, e também à semelhança dos homens, procuram novidade, e satisfazer as suas fantasias sexuais que não são satisfeitas em casa.

No fundo, homens e mulheres casados ou comprometidos, têm tendência a procurar fora o que não têm dentro do relacionamento. Alguns têm amor e não têm o sexo que gostariam, outros têm sexo e não têm o amor que necessitariam. E agora perguntam vocês… e então se tiverem amor e sexo dentro do casamento porque é que saltam a cerca? E eu respondo… No caso dos homens, é a caça, a busca da novidade, do sexo puro e duro. No caso das mulheres é a busca da sedução, da paixão e do romance, que muitas vezes não existe na relação, mesmo que haja amor e sexo.

Vamos lá a ver se começamos a compreender e a aceitar estas dinâmicas que nos afectam a todos, em vez de teimarmos em seguir paradigmas completamente desajustados para os tempos de hoje. A monogamia, é uma prática antiga exigida pela sociedade, instituída por razões sociais e económicas, que hoje em dia não fazem sentido. A ideia não é sermos obrigados a foder uns com os outros (o que é uma pena… heheheh) mas que todos possamos viver a nossa sexualidade e os nossos afectos de forma livre, sem sermos discriminados por isso.

35 comentários:

Anónimo disse...

Tema polémico... interessante sem dúvida. Também acho que homens e mulheres são muito parecidos neste campo, a única diferença é que socialmente, devido ao domínio histórico dos homens, o seu comportamento sempre foi bem tolerado ao contrário do das mulheres. Por este facto, a sexualidade das mulheres ficou escondida ao longo dos tempos e só agora começa a evidenciar-se... as mulheres são tão infiéis como os homens!

*Lili* disse...

Eu discordo deste ponto de vista. Claro que os homens tal como as mulheres são infiéis se assim o desejarem... se fosse descomprometida sem dúvida que a história era outra. Mas sendo eu comprometida e tendo eu interesse no meu actual namorado para que quero eu outra pessoa na minha vida? Fazer parte de uma relação já é complicado o suficiente que fará se envolvermos mais pessoal à mata. Não acho que seja algo digno de se fazer. Posso estar a ser preconceituosa ou até mesmo a julgar pela capa, mas continuo sem entender a razão que leva as pessoas a fazerem isso...trair portanto o amor que existe entre elas. Porque não passa disso mesmo, o descontentamento e a tristeza pelo outro. Desculpa mas isso para mim não encaixa...Não consigo entender...

Anónimo disse...

É verdade que as mulheres também traem, mas se admitirem são logo rotuladas de putas, até por aquelas pessoas que são infelizes nos seus relacionamentos e não têm coragem de mudar.

Nunca traí, mas fui a outra durante alguns anos, tive muitos momentos bons com esse homem, mas preferia não voltar a repetir, é claro que nunca ninguém soube disso, nem a pessoa traída.
Eu e esse homem também fomos hipócritas,mas é mais fácil assim.

Beijos

Anónimo disse...

A minha questão é, enquanto nós mulheres (a maior parte) pede o divorcio qd sabe da infidelidade do parceiro, ficam tb os homens incomodados com a infedilidade da mulher? Ou para eles não há problema, a mulher foi foder outro, ok porque não, é só sexo. Gostaria de perceber a diferença.

Rita

Anónimo disse...

Acho que as pessoas, homens e mulheres, traem pelas mais diversas razões, mas julgo que acontece mais quando falta algo no seu relacionamento actual. Trair por desporto ou puro sexo será, quanto a mim, algo apenas para alguns... será um modo de vida, mas para a maioria penso que será por faltar algo que já não têm. Então porque não mudar simplesmente... pois seria fácil, mas não é, por isso os relacionamentos acontecem sem que a relação anterior acabe.

xarmus disse...

Olá Fogo

Talvez um cadinho menos... mas andam lá perto.

Sempre foram menos, exctamente porque eram discriminadas, agora com a net, que as podem fazer sem se saber, estão a aproveitar o tempo perdido.

xarmus disse...

Olá *Lili*

Eu entendo perfeitamente que discordes. E tens vários motivos para isso, pelo menos para já. É claro que embora tu teimes que não, vais mudar de opinião como todos nós. Vou tentar explicar-te porque digo isto.

1º Tu és uma mulher nova, e por isso com um namoro recente, e que ainda tens muito que explorar com esse teu namorado. Em situações normais, e quando se ama o companheiro, só se começa a sentir falta de saltar a cerca ao fim de uns anos de casamento ou de vida em conjunto. Quando o relacionamento já está há anos em modo de rotina. Quando amamos muito o nosso companheiro, mas já não há novidade, nem romance, e quando já não sentes borboletas na barriga.

2º as pessoas mais novas, com falta de experiência de vida, e mais perto temporalmente dos valores que os pais lhes transmitiram, estão mais formatados para seguirem esses valores, e acharem que isso é o correcto.

Quando somos mais velhos, aprendemos que aquilo que os pais nos ensinam, não é sequer aquilo que eles fazem, nem se ajusta à realidade, nem às nossas necessidades como seres humanos.

O que os pais nos dizem para fazermos, tem razão de ser para nos defenderem numa determinada fase da nossa vida, mas mais tarde perde o sentido, e muitas vezes só serve para nos atrapalhar a vida e nos criar problemas de cabeça.

Dou-te um exemplo... quando somos crianças, os pais dizem-nos... não podes atravessar a rua. Serve para nos salvar a vida em crianças, mas como é evidente, não serve para toda a vida.

Não imaginas os casais swingers que conheço com filhos entre os 20 e 30 anos de idade, que escondem dos filhos o seu comportamento, por saberem que os filhos nunca iriam aceitar isso, porque vai de encontro de tudo o que lhes ensinaram.

O percurso natural de vida de dois seres que gostam um do outro, é namorarem (nesta altura só se querem ver um ao outro), juntarem-se, terem filhos, e depois quando a vida começa a entrar na rotina e as vontades começam a surgir, pôem-se várias hipoteses, dependendo do quanto se amam, e da abertura que tenham para o diálogo e compreensão. Ou fazem-no juntos (swing), ou entram em modo de relacionamento aberto, (poliamor) ou traem, ou divorciam-se.

Muito mais haveria para dizer, mas o espaço é curto. Agradeço aos leitores que estejam a passar por estas muitas fazes, que deixem aqui o seu testemunho. Eu já passei por todas elas, e já estou no ultimo grau.

Beijocas boa para ti, e não sofras por antecipação, porque todas estas fases vão surgir naturalmente na tua vida, quando já estiveres preparada para elas.

xarmus disse...

Anónima das 13:11

Isso é tudo natural. Se ele andava contigo, é porque lhe faltava alguma coisa em casa.

Para quem está fora é fácil dizer que seria preferível que se divorciassem, e eu também penso que quando as coisas estão mesmo mal, é preferível. Mas quando as coisas nem estão mal, e só falta apenas mais qualquer coisinha, as pessoas têm tendência para colmatar essa falta fora, já que com filhos e tudo o que possuem a meias com o cônjuge não justifica a trabalheira e o sofrimento que trará a toda a gente envolvida.

Da tua parte nem penso que tenhas feito mal, até porque ao fim de uns anos, acabas por pagar a factura. Vives momentos bons, mas ao fim de uns anos também te podes sentir arrependida na medida em que sentes que estiveste a perder tempo.

O que aconselho as mulheres a fazerem quando andam com homens casados, é que continuem a conhecer gente e abertas a novos relacionamentos. O erro é serem fieis a esses homens e recusarem conhecer outros, e aí sim, perderam oportunidades que poderiam ter resultado. Não há mal nenhum em dar umas quecas com um homem comprometido desde que isso não te faça perder oportunidades de relacionamento.

xarmus disse...

Olá Rita

Eu não acho que isso tenha a haver com genero. Até acho que as mulheres toleram mais a infidelidade que os homens. De qualquer modo depende muito de pessoa para pessoa, e da segurança que se sente em relação ao parceiro.

Por outro lado, há mais homens a gostar de ver a sua mulher com outro do que mulheres. Digamos que os homens nesse aspecto são mais radicais... estão mais nos extremos.

Beijocas boas

xarmus disse...

Olá Fogo

Por um lado, porque não é simples mudar. Se já houver filhos e uma lista grande de bens a dividir, não é assim tão simples. Por outro lado, quem já mudou, sabe que mais algum tempo e volta tudo ao mesmo. Um homem deixa a mulher para viver com a amante, e depois a amante passa a ser a mulher, e ele ao fim de um tempo vai precisar de outra amante, e se trocar novamente, volta tudo ao principio.

Isto porque não não tem a haver com a pessoa em si, mas à rotina do dia a dia em casa. As obrigações familiares e domesticas começam a corroer a relação e a amante que era tão boa, porque apenas servia para as coisas boas, passa a ser aquela que lhe fode a cabeça por isto e por aquilo.

Há relações que só funcionam para o sexo e o amor de forma livre e longe das preocupações do dia a dia, quando transpostas para a vida e rotineira, podem ficar bem piores do que o relacionamento anterior.

Depois há outra coisa. Custa muito a adaptação e conseguir alguma harmonia com alguém no dia a dia da casa e da família, e quando finalmente se consegue, não é fácil voltar com tudo ao principio. Muitas vezes é esta a razão dos casais tentarem manter a relação mesmo que já não esteja muito bem. Passar por tudo de novo, pode ser desmotivante para muita gente.

Anónimo disse...

Sou a anónima das 13h11, só queria dizer que o homem não era casado, namorava apenas.
Mas acertaste na mouche, vivi muita coisa boa com ele, ainda hoje é uma pessoa importante para mim, mas sinto que perdi muito tempo com ele.
Não foi por falta de tentativas para deixa-lo e arranjar outro homem, o problema foi também me entreguei a ele sentimentalmente.

Beijos

Anónimo disse...

Concordo contigo, de facto há relacionamentos que não funcionam quando as pessoas passam a viver juntas.

Anónimo disse...

Olá Xarmus,

Bom gostei do artigo e das tuas considerações. Eu concordo contigo em alguns aspectos e apesar de ser nova, acho que o ser humano enquanto ser social passa por ciclos de vivências comuns: Namora, tem filhos, constrói uma vida a dois, vive a sua vidinha, vai fazer swing, e até traí, ou divorciasse. Há alguns que são uma excepção à regra, e até interrompem o ciclo numa dada altura. Não posso afirmar, como tu afirmas com tanta convicção, é que todas as pessoas vivem esse ciclo completo e que está escrito no código genético do ser humano que somos todos assim. E a teoria da monogamia como exigência da sociedade não justifica. Eu ainda acredito que há pessoas que simplesmente não seriam capazes de dar continuidade a esse ciclo de vivências. Eu ainda acredito, apesar de a vida me mostrar o contrário, e de eu ser a primeira a dizer que provavelmente até não sou capaz de quebrar o tal ciclo de vivências, que há pessoas capazes de se dedicar única e exclusivamente a outra. Não nego é que a vontade com certeza até é saltar a cerca, mas simplesmente não o fazem. Seja a culpa da sociedade, da educação, do raio que o parta, acho que simplesmente não o fazem porque nunca seriam capazes de. Digamos que é feitio.

Quanto ao assunto homens e mulheres serem capazes de amar uma pessoa e se envolver sexualmente com outra ou até se apaixonar, é lógico que ninguém está imune a isso. No entanto, quando dizes que as mulheres saltam a cerca porque procuram sedução, paixão e romance, lamento, mas a tendência é, cada vez mais, ver homens assim. A enrolar assim. E também cada vez mais, a mulher se desvia desse padrão e procura o sexo puro e duro, sem qualquer pingo de romance, em que sentem que controlam toda a situação à sua roda. Pelo menos é o que eu vejo .

Quanto a um comentário que li sobre a reacção dos homens ao serem infieis, mas saberem da infidelidade da mulher, acho que ninguém gosta de saber que afinal não era tão esperto assim e qu o outro fez o mesmo ou pior..

Beijinhos
Rakel*

xarmus disse...

Olá Anónima das 13:11... eu nem acho que tivesses que o deixar para arranjar outro, penso é que devias manter as opções em aberto. Apesar de dares umas quecas com ele, e até poderes gostar dele, podias ir conhecendo outros e ir experimentando. Se aparecesse algum que encaixasse bem contigo, aí poderias deixar o comprometido.

Beijos

xarmus disse...

Olá Fogo... é verdade, e esse é o erro de muita gente. Conhece um/a parceiro/a maravilhoso/a e depois de passarem a viver juntos, começam a encontrar montes de incompatibilidades. Se houver amor verdadeiro, as pessoas sempre se vão moldando umas às outras, mas não é um exercício fácil para muita gente.

xarmus disse...

Olá Rakel*

É claro que eu falei de forma generalizada. Há muita gente que quebra esse ciclo, e há gente que nem sequer consegue arranjar alguém que lhe agrade para percorrer esse caminho, e há quem desejasse muito casar e ter filhos e nunca o consiga fazer pelos mais variados motivos.

E sim... também há gente que adorava saltar a cerca mas não tem coragem. Passam uma vida inteira a desejar isso e a nunca o conseguir fazer. E também há quem se reprima ao ponto de nem deixar que esse desejo se manifeste. Depende da formatação que sofreram, e da sua capacidade de porem em causa os valores que lhes transmitiram.

Como disse numa outra resposta a um comentário, acho que os motivos, ou o que procura fora quem salta a cerca, depende muito do que lhes falta em casa.

O homem tolera menos do que a mulher o facto de ser enganado, mas por outro lado se for com consentimento, é mais comum nos homens gostarem de ver a mulher com outro do que a mulher gostar de ver o homem com outra.

Beijocas boas minha querida

Anónimo disse...

Um tema do mais complicado que há assim como o 'ciúme'; claro que as mulheres traem tanto como os homens, pois eles traem, na grande maioria, com quem, só com solteiras e/ou descomprometidas?? e ao contrário também, as razões não diferem muito.
O sexo e a pornografia é fácil, está na moda(http://topdocumentaryfilms.com/porndemic/) é impercetível em vários meios e sendo o fruto proibido torna-se mais desejado, a envolvência e o sentimento já não, precisam de mais espaço e tempo; creio que ao haver amor e sexo na relação a tendência é para não haver a tal infidelidade, basta contrariar a rotina e apimentar a relação e o mais importante: a comunicação e a partilha transparente!

Hugo, um sociólogo

xarmus disse...

Eu penso que mesmo com amor e sexo numa relação, pode faltar mais qualquer coisa. A novidade, a adrenalina do desconhecido, e os jogos de sedução. Situações que não podemos viver com quem já conhecemos.

Nanda disse...

gosto de pensar que vale a pena manter uma relação desde que haja amor e capacidade de comunicação. Estes dois factores podem permitir resolver questões das mais complexas, às mais fúteis e penso que as razões que mais levam a pular a cerca, se confessadas e conversadas podem ser resolvidas no casal. as questões que se prendem com a auto estima auto imagem etc não desaparecem depois duma queca dada no meio da novidade da adrenalina e do jogo de sedução com um desconhecido(a.Por isso há que cavar mais fundo e ir à raiz da questão, que é a nossa permanente insatisfação com tudo. como criança deitamos o brinquedo fora assim que nos aparece um novo. Para mim a clareza e a sinceridade devem ser usadas como água para lavar o rosto e a partir daí então que se tomem decisões adultas sejam elas quais forem. basicamente tudo é correcto desde que feito ás claras e de forma ponderada porque as crianças brincam com brinquedos e nós com os sentimentos, os nossos. e os dos outros.

xarmus disse...

Olá Nanda

Claro que numa base de confiança, sinceridade e cumplicidade, vale muito mais a pena manter uma relação, e quando há amor verdadeiro, é fácil reunir estas condições.

Até porque é a falta destas condições que levam à mentira, traição e afins.

O que acontece é que as pessoas dizem que amam, mas muitas, como nunca sentiram amor intenso por ninguém, chamam amor a pequenas paixões, e claro, não conseguem reunir as condições necessárias a manter uma relação sólida durante muitos anos, porque à mais pequena dificuldade, não há amor que suporte a resolução dessas dificuldades.

Por isso acho piada quando oiço dizer... eu amo loucamente o meu namorado... mas se souber que ele me traiu... é logo despachado na hora. Hehehehehehehe

É evidente que quem ama verdadeiramente mesmo que queira, não consegue fazer isso.

Já houve exemplos desses aqui no blog. Quem tenha dito isto, e quem tenha ficado com a mulher depois de lhe descobrir uma traição grave.

Obrigado pelo teu comentário... e uma beijoca boa.

Nanda disse...

obrigada xarmuz pela tua resposta! vou pegar na tua ideia "é evidente quem ama verdadeiramente..."e dizer que falo assim pela experiência de vida que tenho....como tu não é apenas teoria. Estou a ponderar contar-te a minha história, mas ela não é só minha.....vou conversar sobre isso com o mais que tudo porque a história tambem é dele. adianto apenas que vou falar de bissexualidade e como aceita-la na vida de casal.

xarmus disse...

Olá Nanda

Era fantástico que partilhasses essa história aqui no blog.

Ele existe para ajudar a que nos entendamos melhor uns aos outros, e as razões pelas quais tomamos determinadas atitudes e parece-me que a tua história deve ser interessante de ser conhecida.

Aqui não há tabus nem discriminação seja acerca da bissexualidade ou de qualquer outra opção sexual.

Beijo

Nanda disse...

Olá amigo" é assim que eu te sinto e estimo" O título Infedilidades é muito acertado porque parece-me haver vários tipos de infedilidade, mas não me vou alongar nisso. disse que estava a ponderar escrever te sobre como aceitar a bixessualidede na vida do casal, mas depois de escrever uma parte da história senti que não era capaz de avançar. Doí-me tocar em certas lembranças é como se estivesse a fazer o luto de uma situação tenho que deixá-la partir. Ha poucos meses descobri que o meu marido me enganou com homens durante quase 25 anos e que sentia que não me estava a pôr em causa até se apaixonar por um.........Descobrir o porquê dele toda a vida dizer que me amava e fazer sexo com outras pessoas tem sido desgastante porque me fez sentir míníma insignificante. Temos sofrido os dois! Eu quero transparencia e verdade, mesmo que doa.Ele não me quer perder! Eu digo que acenda a luz vermelha se sentir que tem que pular a cerca, eu vou com ele.... não sei se sou capaz....mas amo-o tanto e quero mesmo que ele seja feliz que sou capaz de fazer algo impensável, eu estou a mudar de atitudes e a nossa vida sexual tem sido tão intensa e febril que parece que estamos a compensar-nos do tempo perdido. O teu blog tem-me dado pistas sobre tanta coisa interessante que o prazer tem sido redescoberto pelos dois
1 beijo

xarmus disse...

Olá Nanda

Obrigado por partilhares a tua história.

Eu tenho um histórico publicado aqui no blog onde uma amiga me contou uma situação idêntica. Agora não te sei precisar qual é, mas um dia destes procuro-o e digo-te qual é. Ela contou-me dias depois de ter descoberto que o namorado tinha encontros com homens. Embora estivesse chocada no momento, acho que mais tarde voltei a falar com ela... e eles ainda estavam juntos.

Eu acho que se gostam um do outro, devem lutar por ficarem juntos. Essa cumplicidade pode melhorar muito o vosso casamento. E se não foi isso que acabou com o vosso casamento, já dificilmente alguma coisa o fará acabar.

E pode ter outras vantagens para os dois. Se tu gostares de dar umas quecas também vais ter mais liberdade para as dares, e até podem ir os dois.

Eu conheço casais assim... em que um ou os dois são bi... e praticam swing e trios com homens ou mulheres, e vivem mais felizes que nunca.

Eu acho que cada casal tem que encontrar a sua harmonia, e a sua felicidade. O que os outros dizem ou pensam, não tem importância nenhuma. Eles que sejam felizes à maneira deles, como vocês serão à vossa.

Força minha querida... se gostas dele, não o percas por preconceito.
Aqui para nós, que ninguém nos ouve, se comprares um strapon, ainda lhe podes dar prazer e tudo.

Beijocas boas

Anónimo disse...

Amigo obrigado pelas tuas palvras e interesse, eu sei que tens coisas mais gostosas para fazer.Em resposta ao que me dizes problema é que as vezes que pulei a cerca nunca foi bom.....a parte melhor era o pensar nas coisas antes de fazê-las, melhor era mais o caminho que a chegada, e sinto ciumes dele,sinto-me frágil.... eu sei que ele sempre voltou das suas escapadelas mas, eu sentia que havia um fosso entre nós e agora já não existe.A questão dele era não saber seduzir mulheres por um lado, e temê-las por outro, isso levou a nunca afirmar completamente o seu lado de macho. ele perdia a tusa no início da penetração. resolveu essa questão desde que deixou de ser passivo com eles. quando mudou esse aspecto lá fora, mudou tambem comigo mas....... agora quer comer gajas porque lhe falta essa experiência e eu tenho medo que ele se interesse demais. Ele apaixona-se com facilidade e depois passa-lhe, mas será que com mulheres será assim? AS coisas tem que assentar entre nós,mas como, se eu sei que ele tem esta fantasia? Como fazer as coisas acontecerem sem ferir os meus sentimentos e os desejos dele? Tudo o que quero agora é que nos papemos os dois, sem dó nem piedade como se não houvesse amanhã. Beijos

Nanda disse...

O comentário anterior como deves perceber é da Nanda. bigado, amigo!

xarmus disse...

Olá Nanda

é na boa... gosto de ajudar.

Em relação a não ser bom quando pulaste a cerca, foi azar teu. Podias ter encontrado alguém bom, e seria melhor concerteza.

Isso mesmo, ao haver sinceridade, há mais cumplicidade e começas sentir mais segurança e logo menos ciumes.

Devias adicionar-me aos teus contactos de msn. xarmus@hotmail.com

É mais fácil falar em tempo real do que por mensagem. Acho que pode ser bom para ti, e quem sabe eu dar-te umas ideias para melhorar a coisa.

Beijos

Nanda disse...

Obrigado xarmuz pela tua atenção Vou continuar a descobrir o teu blog....e pode ser que agente se encontre no msn .Beijo

xarmus disse...

Força minha querida. Aproveita a vida o melhor que puderes e conseguires. É muito curta.

Fiquei a pensar se saberás o que é um strapon. Um strapon é um piço com um sistema de fixação. Há para homens e mulheres... são diferentes. Com um strapon colocado, passas a ter um piço.

Se o teu marido gosta de levar no cu, podias comprar uma coisa dessas, e dar-lhe montes de prazer.

Era uma forma de lhe dares prazer, e de ele não ter tanta necessidade de ir procurar isso fora.

Nanda disse...

Vou aproveitar sim,até porque estive a lutar por ela até há bem pouco tempo;cirurgia rádio quimio e uma maminha com menos umas gramas, mas mais viva que nunca, e a querer arejar todos os aspectos da minha vida....e a tua lembrança fez-me rir... sabia o que era esse brinquedo mas não que havia de dois tipos, e..... porquê? Os rabinhos serão assim tão diferentes eeeheheheh!

xarmus disse...

Pois é miga... Quando sentimos que podíamos já não estar cá, vemos a vida de outra forma. Aproveita à ganancia mesmo.

Ó minha querida... não são os rabinhos que são diferentes, as diferenças entre strapon para gajo ou gaja são para quem usa o strapon e não para quem leva com ele.

Como o homem tem piço e a mulher não tem, os strapon usados por mulheres ou homens têm que ser diferentes.

Não vás a uma sexshop pedir um strapon para cu de homem que fica tudo a rir-se. Tens que pedir strapon para aplicar numa mulher. São diferentes na base do strapon.

Mas faz-lhe essa surpresa... vais ver que ele vai adorar.

Beijocas

nanda disse...

Olá xarmuz o teu blog é um serviço de utilidade publica. atravez dele são possíveis conversas bastante pra frente entre mim e o meu companheiro de toda a vida O Hugo do post de 3 de agosto acima publicado por ti. com teu blog espicaças-te tantas questões nas nossa cabeças, e ajudaste-nos a falar sobre coisas díficeis, pelo menos para mim, como as fantasias que temos.Ao fazê-lo descobrimo-nos a nó próprios, e um ao outro, e tudo fica mais claro sobre o que queremos fazer. Ele foi muito claro ao dizer que agora só quer coninha que está encantado connosco com o que fazemos e sentimos um com o outro: a força que tem o nosso desejo as vezes que nos papamos durante horas por vezes de manhã e á noite..por agora não deixa espaço para nada mais.....beijo

xarmus disse...

Olá miga... ainda bem que o meu blog vos ajuda de alguma maneira.

O que vos está a acontecer, é que com a sinceridade e as conversas acerca das vossas vontades, a cumplicidade aumenta, e assim o sexo fica muito mais prazeroso.

Mas experimenta mesmo o strapon com ele... vão gostar os dois.

Anónimo disse...

http://mariamadalena-okapa.blogspot.pt
Pela experiência que tenho as mulheres são infiéis tal como os homens. No meu caso pessoal sou muito discreta, devido ao meio em que vivo e tal como já foi dito aqui a sociedade acha mais normal a infidelidade ser do lado masculino.
No entanto sou infiel e admito que não era capaz de estar só com um homem.
A vida é para ser animada, não temos que viver o que outros acham que devemos viver.

xarmus disse...

Olá Manuela Marques

É isso tudo. Estive a ler as tuas ultimas histórias com o Paulo e gostei muito. Continua a gozar a vida, é o melhor que podemos fazer enquanto cá andamos.

Obrigado pelo teu testemunho.

Beijocas boas para ti.