Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

As imagens publicadas neste blogue estão protegidas pelo código do direito de autor, não podendo ser copiadas, alteradas, distribuídas ou utilizadas sem autorização expressa do autor.


23.8.12

IS016 “Essencial” Da Rede de relações livres

Uma amiga enviou-me um blog de um movimento que se chama RLI “rede de relações livres”. Fui ler o blog e gostei do conceito. Diferenciam-se dos poliamoristas (segundo eles) pelo facto de não necessitarem do amor para justificar o sexo. Esta opção de vida, é a mais livre que vi até hoje. Tem-se sexo com ou sem amor, como, quando e com quem se quiser, sem nenhuma restrição moral ou social, nem limites na profundidade ou continuidade do relacionamento. Vale a pena ler e conhecer o conceito. Tenho vários textos retirados do blog que vou publicando nos próximos posts.

Neste texto, tem também as definições de vários conceitos que todos usamos normalmente de forma errada. Temos tendência a pensar que relação aberta ou relação livre é a mesma coisa, mas fazem sentido as diferenças entre cada um destes conceitos. Mais, para além de definirem cada conceito, mostram em que é que esses conceitos  diferem das relações livres. Muito bom.

Independentemente de concordarmos ou não, de querermos ou até estarmos preparados psicologicamente para viver o sexo/afecto desta forma, é muito útil e proveitoso conhecermos outras formas de pensar e os argumentos apresentados por quem defende esta opção de vida.

“Essencial” Da Rede de relações livres

“O que são Relações Livres?”

Resposta:

uma visão de relações afetivas e sexuais onde as pessoas tem direito de desejar e viver quantas relações e amores quiserem. Ausência do casamento e do tabu da monogamia (restrição a que não se tenha mais de uma pessoa).

“É tipo marido e amante?”

Não. Isto é no casamento. Aqui não há um “oficial” porque todos os vínculos são reconhecidos (e não clandestinos).

“Mas isto não é putaria?”

Não. A noção de “puta” é uma agressão monogâmica para a mulher que se entrega para quem ela quiser. Já esta possibilidade, para nós, é básica, um direito elementar: mulheres que desejarem mais de um homem… devem e podem tê-los

Diferencie…

Listamos abaixo outras experiências que são importantes por romper com a monogamia. Apresentaremos suas diferenças e limites:

Relação sem Vínculo é quando uma pessoa prefere variados acessos sexuais sem continuidade e sem formação de casal ou de vínculos estáveis.

•    Ter relações sem continuidade necessária parece tranquilo a um RLi.  Mas     fazemos objeção à “necessidade de não ter vínculos”.

Amizade Colorida é quando uma pessoa evita a formação de casal e se permite o acesso sexual eventual com a leveza das relações de amizade.

•    Toda a leveza é bem vinda. Mas objetamos que não estamos preso a ela. Podemos e queremos relações com variados níveis de profundidade e continuidade.

Relação Livre é quando a pessoa mantém autonomia e plena liberdade pessoal seja lá qual for a relação sexual/afetiva e em qualquer circunstância de estabilidade.

•    Nossa maior dificuldade é que esta visão pressupõe pessoas muito livres, não possessivas e não ciumentas. E como toda a ordem cultural está oposta a isto, há um número limitado de pessoas onde isto pode hoje ser vivido plenamente. Na rede RLi/RS você encontra estas pessoas.

Relação Aberta é quando de forma consensual um casal de namorados acerta o direito comum a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias.

•    Na cultura RLi não combinamos um “certo espaço” de liberdade. Isto é pleno antes, durante e depois de qualquer relação. E com as diferentes pessoas teremos diferentes relações devido a singularidade das combinações. Mas em hipótese alguma temos a “relação oficial” e as “secundárias”.

Casamento Aberto é quando de forma consensual pessoas casadas refluem de sua monogamia original e re-acertam suas normas incluindo o direito de cada um a outras relações simultâneas mas na condição de serem secundárias e invisíveis.

•    Se relação aberta nos parece problemático, casamento aberto só agrava. RLi é um ser social livre do casamento.

Suingue é quando de forma consensual pessoas casadas realizam trocas de parceiros em encontros/festas reservadas e estas restritas à órbita sexual e com formal exclusão de envolvimento afetivo.

•    Um RLi não consegue suportar a ideia de ter relação sexual na condição de não ter outros laços (de afeto, vínculo, etc). Nem também poderá admitir que seu companheiro lhe determine com quem se envolver ou não se envolver.

Poliamor é a possibilidade de ter duas ou mais relações afetivo-sexuais, desde que contenha amor. A liberdade sexual normalmente não é prioritária, ou não faz parte do acordo. Inclui  frequentemente cláusulas de ‘polifidelidade’ e/ou permite a interferência direta dos parceiros na vida sexual-afetiva um do outro.

•    Andamos juntos quando o assunto é questionar a monogamia. Mas RLis não precisam do amor pra justificar suas relações. Nesse sentido o título ‘poliamor’ somente compreende parte do que é ser RLi. Para nós “o amor não pode ser um problema para o sexo e o sexo também não pode ser um problema para o amor”, andam separados e podem ou não estar presentes em uma mesma relação, um RLi possui liberdade em ambos.

A Rede Relações Livres buscou sistematizar as formas de relação aqui apresentadas, utilizando não somente as idealizações de cada conceito, mas também as experiências práticas de cada modo de relação. Observamos ainda que, a vida real é absurdamente mais complexa do que pequenos parágrafos descritivos, onde os sujeitos podem estar em períodos intermediários entre as formas apresentadas e/ou em processos de transição (de uma para outra).

2 comentários:

{ÍsisdoEgito}JZ - Tua, somente tua disse...

Interessantes as definições...

É sempre bom aprender!

Beijos carinhosos,

ÍsisdoJUN

xarmus disse...

Olá ÍsisdoJUN

Também achei interessante.

Beijos