Seduzir com prazer

Ao criar este blogue, a ideia foi partilhar a minha experiência adquirida ao longo de 20 anos de frequência em sites, chats e redes sociais. Teclei, conversei, conheci muitas pessoas e vivi experiências que foram a vertente prática da minha aprendizagem. A net, com a possibilidade de nos relacionarmos anonimamente, veio trazer novas formas de interagirmos uns com os outros.

O objetivo deste blog é, através da partilha, ajudar a que todos nós compreendamos melhor esta nova realidade (Para mim, com início por volta do ano 2000), e com isso estimular a reflexão de temas como o amor, o sexo e os relacionamentos em geral. Assim, publicarei algumas histórias por mim vividas, reflexões, informação que ache relevante, históricos de conversas, e algumas fotos sensuais de corpos de mulheres com quem troquei prazer e que tive o privilégio de fotografar. Todos os textos e fotos que vou publicando, não estão por ordem cronológica, e podem ter acontecido nos últimos 20 anos ou nos últimos dias. Todas as fotos e conversas publicadas, têm o consentimento dos intervenientes.

As imagens publicadas neste blogue estão protegidas pelo código do direito de autor, não podendo ser copiadas, alteradas, distribuídas ou utilizadas sem autorização expressa do autor.


25.4.10

Foto 003

H003 Viver à conta

H003 Viver à conta

Um dia uma amiga minha conheceu um homem maravilhoso que vivia no Porto. Conheceram-se através da net num site de relacionamentos e como se apaixonaram um pelo outro, iniciaram um namoro. A Sofia, que tinha amigos coloridos até começar a namorar com ele, despachou-os todos porque era um namoro à séria, com direito a fidelização de parte a parte, e com casamento à vista assim que ele concluísse o divórcio e se transferisse para Lisboa.

Ele ia a Lisboa uma vez por semana em trabalho, e dormia em casa da minha amiga Sofia sempre que estava em Lisboa. Normalmente era de segunda para terça, mas se tivesse que ir a Lisboa noutro dia, era só aparecer em casa dela, uma vezes avisando e outras vezes de surpresa, porque a Sofia e a casa dela estavam sempre à disposição do querido. Chegava por volta das 20 horas, seguia-se um jantarzinho bem romântico cozinhado com muito amor e carinho pela namorada, e acabavam a noite na cama com um sexozinho bem apaixonado e naturalmente desprotegido. Ela nunca tinha contacto com ele nas noites em que ele estava no Porto, porque ele ainda estava casado e a viver com a mulher de quem tinha dois filhos lindos. Durante o dia trocavam mensagens de amor e falavam ao telefone sempre que ele não estava em reuniões. Ela estava muito feliz com isto tudo, estava prestes a realizar o sonho da vida dela que era arranjar um marido e constituir família, e tudo estava a correr às mil maravilhas.

Um dia, ela recebeu uma das muitas mensagens apaixonadas que ele lhe enviava durante o dia, e reenviou para uma amiga que frequentava também o mesmo site de relacionamentos, dizendo que estava muito feliz com o namoro dela e que o querido era um homem muito apaixonado por ela. Recebeu de imediato um telefonema da amiga a quem tinha enviado a mensagem, a dizer que também tinha recebido uma mensagem igual do namorado dela. Depois de confrontarem mais mensagens recebidas pelos respectivos namorados e de conversarem acerca deles, perceberam que namoravam com o mesmo gajo, e que ainda por cima recebiam as mesmas mensagens nos mesmos dias. A diferença é que ele dormia em casa de uma delas de segunda para terça, e na casa da outra de quinta para sexta. Depois de lhe bisbilhotar o telemóvel e de ter conseguido ver mais dois contactos para quem ele enviava as mesmas mensagens que enviava às duas, a minha amiga ligou a estas duas mulheres, e ficou a saber que ele dormia em casa das outras duas de terça para quarta e de quarta para quinta respectivamente. No decorrer destas conversas com estas duas concorrentes, conseguiu o número de telemóvel de uma ex namorada dele que lhe explicou como ele funcionava. Chegou à triste conclusão que o bandido tinha a sua base em Lisboa em casa dos pais, os filhos estavam com a ex mulher, e ele mantinha namoro em simultâneo com quatro raparigas que viviam sozinhas em casa própria, e relacionava-se com as quatro de forma idêntica, contando mais ou menos a mesma história, e enviando as mesmas mensagens a todas. Jantava, quecava, e dormia todos os dias em casa de cada uma delas, e no dia seguinte depois de um bom banhinho e de um excelente pequeno-almoço, ia trabalhar (em Lisboa). Ao fim do dia, lá ia ele de malinha aviada para casa de outra para ser apaparicado com tudo do bom e do melhor. Casa, comida, coninha e roupa lavada.

De salientar que estas moçoilas todas se esmeravam nas refeições e nas condições de vida que proporcionavam ao seu futuro marido. Para além de se preocuparem com uma boa comidinha, e tratarem da roupinha do menino, esmeravam-se para lhe dar prazer na cama, fazendo as vontadinhas todas e provando ao menino que eram a mulher ideal. Enfim, hotel de 5 estrelas, com serviço de quarto e criada para todo o serviço, com acompanhante de luxo exclusiva incluída. Isto tudo de borla, evidentemente. Agora digam-me lá se não vale a pena enganar umas moçoilas, fingir paixão e prometer o céu e a terra para usufruir disto tudo gratuitamente? Este exagerou um bocadinho porque tinha quatro, e ainda por cima engatou 2 delas no mesmo site, mas gajos a usufruir disto tudo de uma só mulher, há muitos.

Quando as minhas amigas me dizem que não percebem porque é que os homens mentem, e são falsos, ou se fingem apaixonados quando na verdade não estão, eu costumo dizer... eu sei, queres que te faça um desenho ou preferes uma lista?

22.4.10

Foto 002

H002 Espalhanço

Um dia marquei um encontro com uma mulatinha de 28 anos, bem gira, que dava pelo nome de Joana. Já tínhamos teclado no msn, e depois de umas conversas bem tesudas, marcámos um jantarzinho para nos conhecermos ao vivo, e se nos desse a vontade, nos embrulhávamos um com o outro.

Estava uma noite gelada de Dezembro e depois do jantar decidimos ir para a beira do rio Tejo. Para que pudéssemos estar com os estores abertos para o lado do rio a ver os barcos a passar, encostei as rodas da autocaravana mesmo no início da rampa empedrada que desce até ao rio, impossibilitando assim que alguém espreitasse para dentro. Com a janela enorme ao nível da cama, e com luz de velas acesas, o incenso a queimar, e a música a tocar, estava criado um ambiente fantástico, difícil de descrever. Era como se estivéssemos com a cama no rio. O aquecimento central automático ligado para os 24 graus, completava o pacote conforto daquela noite.

Por estarmos mesmo encostados à beira do paredão, a Joana disse-me que lhe fazia impressão a ligeira inclinação que a autocaravana tinha para o lado do rio. Para resolver o problema vesti o casaco e fui lá fora pôr as rampas de nivelamento nas rodas. Ao subir para cima das rampas, a roda de tracção empurrou uma delas para trás, e a rampa caiu ao rio. Como as rampas são de plástico, a que caiu ficou a boiar ali perto. Fui buscar uma esfregona extensível para recuperar a rampa. Desci o talude de pedra que forma o paredão até à zona verde escorregadia. Já tinha apanhado a rampa plástica, quando de repente uma onda provocada pela passagem de um petroleiro uns minutos antes, me deu um valente banho e me fez escorregar direitinho ao rio. Dei comigo todo vestido com roupa de inverno, casaco incluído, dentro da água gelada e imunda do rio. Tentei subir a rampa, mas como estava completamente ensopado e pesadíssimo, e com um metro de lodo verde e escorregadio no início do paredão, não estava a conseguir sair dali.

A autocaravana tinha o motor a trabalhar e com a música a tocar lá dentro era impossível a Joana ouvir o meu chamamento. Depois de várias tentativas falhadas, e com os dedos já em sangue de tentar agarrar-me às pedras do paredão, completamente enregelado e com a noção de que estava mesmo a meio da digestão do jantar, decidi largar o casaco, tirar os sapatos e nadar ao longo do rio até encontrar um sítio com uma escada ou algo parecido que desse sair da água rapidamente. Nadei ao longo de umas dezenas de metros e já em hipotermia, eu que sou um excelente nadador, comecei a ficar com os músculos presos e com uma dificuldade incrível em progredir. Pensei que a minha vida acabava ali, quando me pareceu ver uma interrupção do paredão a uns escassos 20 metros de onde eu estava. Aquela esperança lá me deu forças para num derradeiro esforço, chegar lá. De facto eram umas escadas. Foi com uma dificuldade indescritível e em estado de choque que consegui subir as escadas e arrastar-me até à autocaravana. Abri a porta e a Joana ao ver-me entrar completamente ensopado e cheio de lodo mal cheiroso perguntou-me com os olhos esbugalhados:
- o que é que te aconteceu???
- caí ao rio
- meu deus… como tu estás!!!
Como não queria encharcar a autocaravana e ainda no degrau da entrada, e sem nunca perder o meu sentido de humor mesmo nas situações mais trágicas disse:
- Vou começar o striptease completo já aqui... espero que gostes.
Despi-me completamente e fui direitinho ao duche. Com o quentinho que se fazia sentir dentro da autocaravana e com um duche de água quente, comecei a descongelar e a recuperar a mobilidade. Depois de muito bem lavadinho e de retirado o lodo mal cheiroso detrás das orelhas, senti-me melhor mas ainda com receio que a digestão me parasse. Bebi uns 3 whisky's que é coisa que nem aprecio especialmente, e a coisa melhorou substancialmente. A Joana foi uma querida, ofereceu-se para me aquecer e enfiámo-nos na cama todos nus.

Já no conforto da cama, agarrado ao lindo e quentinho corpinho da Joana, com o cheiro da fragrância do incenso e à luz das velas, olhei o rio pela janela e pensei que naquele momento podia estar já morto e a boiar naquelas águas geladas e imundas. O contraste entre a situação confortável em que estava agora e a situação desesperada que tinha estado há minutos atrás, fez-me pensar o quanto somos vulneráveis. Não sei se pelo facto de ter visto a morte tão perto, ou se pelo facto da Joana me querer compensar do sucedido, o nosso prazer foi muito intenso, muito desinibido e como se não houvesse amanhã. Entrámos numa espiral de troca de prazer que parecia não ter fim. Nunca me esquecerei daquela noite. E foi assim que eu me safei de ir conhecer o S. Pedro, e ter que lhe contar os meus pecados... fazíamos serão.

Conversa 001 Alexandra 25 C01

Alexandra 25: pelas fotos nao me tinha apercebido das medidas dele nao parecia tao grande
Alexandra 25: kuando o vi fikei dah
Alexandra 25: e com medo de nao aguentar levar com ele
Alexandra 25: mas tu foste hiper... adorei
xarmus diz: eu disse-te que ele era grande e grosso... mas que não precisavas de ter receio porque eu era meiguinho....
Alexandra 25: eu sei mas nunca pensei ke fosse tao grande e ke tu fosses tao krido e ke fosse tao bbbbbbooooooooommmmmmmmmm adorei
Alexandra 25: nao sei se gostaste de estar comigo mas sempre ke kiseres chama ke eu vou

19.4.10

Foto 001

18.4.10

H001 Equivoco com final feliz

Ali estava ela, de pernas abertas, toda nua, e embora não estivesse amarrada à cama, parecia mesmo que estava adesivada aos lençóis. Quando finalmente consegui enfiar o preservativo que era XL adapta e fica-me apertado, e estou a preparar-me para entrar por ela a dentro, reparo que a mulher estava a olhar para mim, branca como a cal e com um ar bastante assustado, e perguntei-lhe: 
Eu - estás bem? 
Ela - nem por isso. 
Eu - se não estás bem, podemos ficar por aqui… 
Ela - se não te importas, preferia ir-me embora, não levas a mal? 
Eu - de forma alguma linda, se não te sentes bem, ficamos por aqui. 
Eu - Queres que te acompanhe? Se não te estás a sentir bem, é melhor? 
Ela - não… deixa estar obrigada, eu já fico melhor. 
Levantou-se, vestiu-se num ápice, e saiu da autocaravana a correr. Fui espreitar pela janela, e passados 50 metros ainda corria. 

Aquilo deixou-me a pensar, nunca me tinha acontecido nada idêntico. Ficar de pau teso, já com preservativo enfiado e a rapariga desistir numa altura daquelas. Enquanto esperava que o piço murchasse para retirar o preservativo mais facilmente, ia pensando numa explicação para o sucedido. Será que ela se tinha assustado com o tamanho do bicho? É grande, mas nunca foi motivo para alguém fugir daquela maneira. Antes pelo contrário, quando o vêm, até os olhos se lhes riem. Teria que haver outra explicação. Pus-me a pensar no encontro desde o início. Havia duas coisas que não batiam certo. A primeira, era que a rapariga com quem tinha marcado encontro chamava-se Maria, e quando me encontrei com ela, perguntei-lhe se era a Maria, e ela respondeu que sim... Maria Ivone, e a segunda, tinha que ver com a idade. A Maria disse-me ter 33 anos, e quando a vi pensei cá para mim... mais uma que tirou no perfil do site uns aninhos à idade verdadeira. De facto esta mulher devia ter cerca dos 40 anos. Depois de rever tudo na minha cabeça, comecei a pensar... queres ver que trocaste as raparigas? Quando se anda na net e se pesca à rede podem surgir estes inconvenientes. Apesar de eu ser muito organizadinho e mudar o nome dos meus contactos no msn para que estas coisas não aconteçam, podia ter havido uma troca. A única maneira de ter a certeza, era ligar o portátil e ver nos meus contactos se conseguia deslindar a coisa. Marias tinha 12, e de facto havia uma Maria 33 Nick Lx e mais abaixo uma Ivone 39 Nick Lx. 

Fui ver os históricos, e de facto tinha marcado encontro com a Maria 33 Nick Lx no parque Eduardo VII às 13h, e depois de uma conversa bem longa e picante, tínhamos combinado uma queca para a hora do almoço. Ela até me tinha dito que não estava muito habituada àquele tipo de encontros, e que era tímida ao vivo, mas para eu tomar a iniciativa e se necessário forçar um bocado a coisa porque isso a excitava e ela acabava por gostar e se descontrair. Vou ler o histórico da Ivone e caiu-me tudo ao chão. A conversa com a Ivone tinha sido bem curta, nunca se falou de sexo, e a Ivone tinha-me dito que nunca se tinha encontrado com ninguém da net, mas que precisava de conhecer gente e fazer amizades porque se sentia muito sozinha. Tínhamos marcado um almoço, com encontro no Parque Eduardo VII ao meio dia. Ou seja, como eu tinha uma reunião ali perto naquele dia às 10h e como as conversas com as duas, estavam datadas com 7 dias de diferença, sem me aperceber que já tinha um encontro marcado com a Ivone, marquei no mesmo sítio com a Maria... felizmente com uma hora de diferença por limitação delas. Ou seja, pensando eu que ia encontrar-me com a Maria para dar uma queca, encontrei-me com a Ivone. Para piorar a situação, quando entrámos na autocaravana depois de a ter convidado a conhecer o meu escritório móvel, a Ivone disse-me que só tinha uma hora de almoço, o que me fez entender que ou me despachava ou não tínhamos tempo para nada, quando ela deveria querer dizer… vamos lá sair daqui senão não temos tempo para almoçar. Com a autorização da Maria para me deixar de cavalheirismos e saltar-lhe para cima, foi num instantinho que comecei a beijar a Ivone e a apalpar-lhe as mamas e a enfiar as mãos por tudo quanto era recanto, enquanto a ia despindo. Ela não correspondia muito, mas também não dizia que não, nem nunca teve uma atitude de repulsa às minhas investidas. Como a  Maria me tinha dito que era tímida, tudo batia certo.

Resultado, depois de ter lido os históricos do msn e de ter rebobinado os acontecimentos, verifiquei que praticamente violei a Ivone, porque apesar de não a ter penetrado, não se livrou de ser toda apalpada, e de umas boas lambidelas logo a seguir a ter-lhe tirado as cuequinhas. Senti-me muito mal com a situação, e apesar de ter a certeza de que nunca mais a ia voltar a ver, pensei que deveria escrever-lhe um mail a pedir desculpa pelo sucedido. Como não gosto de deixar para amanhã o que posso fazer hoje, abri o Hotmail e escrevi uma mensagem com o pedido de desculpas pelo meu comportamento abusivo e que tudo tinha sido um equívoco. Quando acabei de escrever o mail e me senti mais aliviado lembrei-me que, com jeitinho, ainda tinha tempo para ir ter com a Maria e papá-la. Verifiquei que eram 13.03h. Com sorte ainda apanhava a Maria no local do encontro. Dei um jeito à autocaravana, lavei o bicho para não saber a látex, lavei a cara, vesti-me a correr e lá fui eu ao meu merecido e desejado encontro. Sim, porque ficar de pau feito e depois de uns deliciosos preliminares ficar a ver navios, não é fácil para um homem. 

Estava um lindo dia de primavera, e eu desci a rua que vai dar à estufa-fria, a sentir o solinho bem confortável, em passo acelerado. A Maria era uma mulher de 33 anos, de quem eu nunca tinha visto a foto. Estava curioso de como seria. Tinha-me dito que era tímida, mas queria muito experimentar ter sexo com um desconhecido. Disse-me que mesmo que ela fosse dizendo que não queria, eu tinha que apertar com ela, porque excitava-a ser forçada e acabava por colaborar. Apesar de eu ter dito que não me agradava muito a ideia, porque precisava de sentir o desejo da mulher, lá acabei por concordar visto ela ter-me convencido de que queria mesmo, se não quisesse, não teria marcado encontro comigo. Pareceu-me aceitável a justificação, e como gosto de experiências novas, até podia ter piada. Foi graças a estes pormenores que a “tadinha” da Ivone levou comigo de forma muito pouco cavalheiresca. 

Chegado ao local do encontro, lá estava a Maria, com um olhar de quem procura alguém, e ao ver-me notou-se uma alteração na expressão como quem pensou... aqui está ele. Ao chegar junto dela, e depois das apresentações e dos beijinhos, convidei-a a subir a rua para irmos para a autocaravana, local onde estaríamos mais confortáveis e mais resguardados de olhares indiscretos. Pelo caminho, verificámos que estávamos apertados de tempo e que convinha irmos direitos ao assunto para aproveitarmos o pouco tempo que tínhamos. A Maria era de facto uma mulher bonita, um pouco para o gordinho, mas com as curvas todas no sítio, e cheia de vontade de curtir um sexozinho bem prazeroso. Entrou na autocaravana com algum receio, e o nervosismo era bem visível. Como já tínhamos teclado e conversado acerca dos nossos desejos e como o encontro era sem dúvida alguma de carácter sexual, passei ao ataque. Depois de mais uns preliminarzinhos bem gostosos, lá estava eu a tentar enfiar outro preservativo XL adapta, e a rogar pragas por não ter conseguido comprar os meus confortáveis XXL da durex. A timidez da Maria passou-lhe rapidamente e deu-me imenso prazer sentir o prazer dela, e embora tenha sido uma boa queca, não vou entrar em pormenores pelo facto de não ser este o motivo desta história.

O que eu quero contar, é que no dia seguinte estava eu muito bem a trabalhar quando recebo um telefonema no meu telefone da net. Era a Ivone: 
Ela - está Luis? 
Eu – sim 
Ela - olha lá… falaste do nosso encontro ao meu marido? 
Eu - ao teu marido???? Eu nem sabia que eras casada... 
Ela - é que ele ligou-me agora a dizer que sabe que me encontrei com um Luís e vem agora a casa para eu lhe explicar o que ando por aí a fazer... estou tão nervosa... ele é violento, estou toda a tremer, nem sei o que hei-de fazer... 
Eu- deves ter contado o nosso encontro a alguém... 
Ela- eu??? Tas doido? Eu quis foi esquecer tudo, senti-me tão enganada, e tão humilhada. 
Eu - eu sei linda, imagino que sim, e peço-te imensa desculpa pelo sucedido, mas eu expliquei-te no mail que te enviei... 
Ela - mail?? Mas eu não recebi nada. 
Eu - Não?? Estranho, eu também não o recebi de volta... ups... já sei o que aconteceu, o teu marido apanhou-te o mail. 
Ela – ai nem me digas uma coisa dessas... estou desgraçada... mas é possível, ele é informático e anda desconfiado por eu estar muito tempo no computador. 
Eu - Ui... então é canja... o gajo apanhou-te o mail. 
Eu a– e agora o que é que eu faço??? Estou tão nervosa. 
Eu - olha... dá-me 5 minutos que eu vou ver o que te escrevi e vou tentar arranjar uma história que dê para lhe contares e que se encaixe no mail que te enviei. Já te ligo. 
Ela – Luis... por favor telefona-me rápido a dizer o que é que eu lhe digo. 
Eu – Eu sei que não tens muita razão para confiares em mim, mas eu prometo-te que te ligo já... eu sou criativo, hei-de arranjar qualquer coisa. Até já. 
Desliguei, e fui rapidamente às mensagens enviadas ler o mail que lhe tinha enviado no dia anterior. Depois de ler o mail, pensei numa história que não lhe fosse desfavorável e que encaixasse com tudo o que eu tinha escrito. Felizmente não tinha falado em autocaravana, nem em nada de muito comprometedor para ela, e nem foi difícil engendrar uma história. 
Liguei-lhe de volta: 
Eu - Ivone? 
Ela - sim... o que foi que me escreveste? 
Eu - esquece isso... só te vai fazer mais confusão. Presta atenção ao que te vou dizer, e não te ponhas a inventar. Viste um anúncio na net a oferecer um emprego na área do que tu fazes, e a pagarem melhor. Respondeste ao anúncio e deste o teu mail e o número de telemóvel conforme era pedido. Recebeste um telefonema de um tal Luís representante da empresa, e que te queria conhecer pessoalmente e conversar contigo acerca das condições de trabalho. Como trabalhas de dia e não querias lá ir fora de horas, marcaste o encontro à hora do almoço. Foram almoçar, o Luís foi sempre muito cavalheiro contigo, e como no fim do almoço já estavas atrasada ele ofereceu-se para te levar ao emprego. 
Quando se apanhou dentro do carro contigo começou com uma conversa estranha e meteu a mão na tua perna. Tentou beijar-te, e tu deste-lhe um estalo, disseste que eras casada e que amavas o teu marido e que não admitias faltas de respeito, abriste a porta do carro e desataste a fugir. Basta isto. Decoraste? 
Ela – sim. 
Eu – então repete lá para mim...
Ela decorou bem a coisa e eu senti-me de certa forma aliviado por lhe ter arranjado uma solução que dava para minimizar os estragos de que me sentia culpado. Primeiro por ter trocado os encontros e abusado dela, e depois, pior ainda, por lhe ter enviado o mail a pedir desculpa, que foi desastroso. Embora nunca me passasse pela cabeça que ela era casada e que o marido lhe andava a bisbilhotar o correio electrónico, mas estamos sempre a aprender. 
Eu – depois liga-me a contar como correu... agora fico eu nervoso até ter notícias tuas. 
Ela – fica descansado que eu depois ligo, mal possa. 
Eu – beijinhos, e desculpa lá isto tudo. 
Ela – a culpada sou eu que nunca me devia ter metido nisto desde o início... e obrigado pela ajuda... foste um querido. 

Fiquei a pensar naquilo tudo e decidi que poderia dar mais um jeitinho para que a coisa ficasse mais bem composta, e a conversa dela com ele fizesse mais sentido. Decidi escrever-lhe outro mail, desta vez sabendo que era o marido quem ia ler o meu mail. 

Pedi novamente desculpa pelo meu comportamento abusivo, que não fazia ideia de que ela era casada e só depois de ela me dar o estalo e dizer que amava o marido é que caí em mim, e que me sentia muito envergonhado de me ter aproveitado dela dentro do carro, mas que não resisti à beleza dela, e que lhe queria dizer que o emprego que a empresa lhe oferecia era mesmo verdade e continuava de pé, e que lhe pedia encarecidamente que ela não fizesse queixa de mim junto da empresa porque isso me poderia criar problemas. Acrescentei que o marido dela era um homem de sorte, porque para além de ter uma mulher tão bonita e atraente, era uma mulher séria e de confiança, e prometi-lhe que nunca mais a voltava a incomodar. 

No dia seguinte, em horário laboral, a Ivone telefonou-me a agradecer a ajuda naquela enrascada em que ela se viu metida com o marido, e contou-me como tinha corrido a coisa. Ele não gostou nada do que ela fez, mas engoliu a história que eu lhe tinha preparado. Como ainda não tinha tido oportunidade de falar com ela em relação ao que se tinha passado, e como ela nunca chegou a ver o mail que lhe enviei, aproveitei a oportunidade para lhe contar o equívoco da troca de encontros, e esclarecer algumas dúvidas que não me largavam o pensamento. 
Eu – diz-me uma coisa... Como é que tendo marcado um encontro só para me conhecer e para almoçarmos, deixaste a coisa chegar onde chegou? 
Ela – quando me convidaste para conhecer a tua autocaravana, a ideia agradou-me porque sempre sonhei ter uma, mas quando te atiraste a mim, entrei em pânico e fiquei com medo que se não colaborasse, tu puxasses de uma arma, ou te tornasses violento e me deixasses marcas. Quando me perguntaste se eu queria ficar por ali, não desperdicei a oportunidade. Digo-te uma coisa, eu estava em pânico, toda eu tremia por dentro. Foi horrível. 
Eu – pois, imagino. Mas como te expliquei, tinha autorização da outra Maria para me deixar de tretas e passar à acção, e quando me disseste que só tinhas uma hora de almoço, atirei-me de cabeça. De facto, achei-te nervosa, mas como a Maria me disse que era tímida e nestas coisas é normal haver algum nervosismo não achei estranho. Só quando te vi branca como a neve é que percebi que não estavas bem. Peço imensa desculpa, e gostava que soubesses que eu sou respeitador da vontade dos outros, e nunca seria capaz de fazer o que fiz se não estivesse equivocado. Gostava também de te dizer, que se um dia quiseres acabar o que ficou a meio, não te acanhes. Gostei do teu cheiro e da tua coninha, e tens um corpinho bem fixe. 
Ela – Ó Luís... tu és um homem bonito e muito charmoso, e com um físico invejável, mas eu não estou mesmo preparada para uma coisa dessas. Nunca conheci outro homem senão o meu marido, e embora as coisas não andem bem, eu não consigo estar com outro homem enquanto estiver casada. Se um dia me divorciar, prometo que te procuro. 
Eu – Ok. Beijocas boas para ti, e mais uma vez peço desculpa pelo sucedido. 
Ela - Um beijo, e obrigada pela ajuda que me deste, foste um querido. 

Passados dois dias, volto a receber um telefonema da Ivone. 
Ela – está Luís? 
Eu – Olá linda… tudo bem? 
Ela – está tudo bem... diz-me uma coisa... tu enviaste mais algum mail? 
Eu – sim... para o teu marido... hehehehehehe... para ajudar à história que lhe contaste. 
Ela – não sei o que dizias no mail, porque ele trocou-me a password do Hotmail, mas ontem quando cheguei a casa, tinha um jantar romântico à minha espera com velinhas e tudo. Há muitos anos que não via o meu marido tão querido para mim. Pensei logo que devia ter um dedinho teu. Queria agradecer-te toda a tua ajuda, foste um querido mesmo. 
Eu – Tudo bem linda, também me senti muito mal com tudo o que aconteceu, e a última coisa que eu queria era que tivesses problemas com o teu marido por minha causa, e não fiz mais que a minha obrigação ao tentar rectificar a merda que fiz. Beijocas boas para ti, e felicidades com o teu casamento. Gostei de te conhecer. 
Ela – Também gostei de te conhecer, és único. Um beijo e obrigada por tudo. 

Para terminar este episódio, falta dizer algumas coisinhas. Contei esta história porque a acho rica em termos da quantidade e qualidade de conclusões que se podem tirar, em relação ao que pode acontecer nestas coisas dos encontros virtuais, e porque a Ivone já não está com o marido. Divorciou-se e já casou com outro homem que curiosamente conheceu também na net. A Ivone depois de se ter separado do marido acabou por me contactar e quis acabar o que tínhamos deixado a meio, desta vez com tudo a que tínhamos direito. Disse-me que tinha confiança em mim, e embora da primeira vez não estivesse preparada para uma coisa daquelas, tinha dado para ver que deveria ser muito agradável estar comigo noutras circunstâncias. Como já não tinha sexo há uns meses e tinha medo de se encontrar com um desconhecido, vinha propor-me um encontro. Mais tarde, e depois de me comunicar um dia que ia casar com um homem que tinha conhecido na net, decidimos que era melhor não nos voltarmos a contactar. Ainda hoje tenho o contacto dela, mas nunca mais a contactei nem ela a mim.